Tuesday, November 07, 2006

Mais sádico, menos sábio.

Texto meu publicado no multiversohq.com (um ótimo site nerd, diferente dos outros, acreditem):


O que um nerd man faz sem pc? Saí para jogar sinuca? Saí para desfiles de moda underground? sai para algum boliche da vida? sai para encher a cara pela "mulher da vida dele" que não dá mais bola?
Tudo isso, mas o mais importante:
Ir ao Tim Festival 2006, o melhor show que fui até hoje.


Tá certo que só tinha poser no bagulho isso que dá juntar música eletrônica com indie, mas peraí, vou explicar isso direito, por isso, sejam bem vindos ao diário de embarque do Tanaka. Sábado, as 11:30 da manhã, vou um dia antes do show, para encontrar alguns amigos em sp, fomos ao Ibirapuera, vi o planetário (um show a parte), seguido pela bienal da arte, uma bizarrice atrás da outra mas tudo bem, teve alguns lances interessantes e logo após, dormi na casa de um amigo, a quem eu dedico este texto, pela hospedagem e a comida, Valeu Rn. Chegando lá na casa dele, comemos pouco, aliás, só viemos a comer um rango de verdade hoje, e juro que foi raro ver o Rn comer algo antes disto.
Domingo, acordamos ás 6 horas e chegamos ao Tom Brasil (disfarça, hein Anhembi!!!) as 7:30, crentes de que teríamos ao menos alguns pares de pessoas na nossa frente, ledo engano havia apenas uma japinha de 14 anos, visto que a faixa etária era 16 anos, aliás, teve uma grande quantidade de pirralhada fã de Yeah Yeah Yeahs que entraram de bicão. Ótimo, mais gente pra desmaiar.
Acho que o melhor acompanhamento, fora o meu amigo e a namorada dele, foram os caras perdidos como
eu que encontrei lá, ou seja, fora uma coisa ou outra, nem sabia o que eram as outras bandas direito, não digo isso por eles não serem indies, emos ou baladeiros do tipo, mas por não perderemtempo falando de bandinhas da moda(ou não). Lá pras seis abriram pra gentre entrar, e depois formaram uma outra fila, uma organização escassa sendo que nós que chegamos cedo se fodemos, porque muita gente também foi pra frente com isso, uns 20 minutos depois ameaçaram abrir o portão, e do nada o pessoal empurrou, entrando lá, bom aí foi a correria, mesmo assim busquei o melhor lugar que era possível e fiquei lá, na grade, no meio. Depois de algum tempo, entra Mombojó, uma banda que eu não conhecia nada, é legal até, mas em um festival aonde todas as outras bandas tinham muito originalidade Mombojó soou Los Hermanos demais. Depois uma das minhas bandas favoritas: Tv on the Radio, o interessante da banda, é que muita gente perde tempo tentando enquadar ela a um estilo, rotular ela, ao invés de curtir o som.
Tv on the Radio faz uma espécie de Art Rock, mas sem frescuras, momentos mágicos: Dreams e Staring at the Sun, o grande pesar foi a curta duração da banda, porém só dela valeu o ingresso para o show, que estava caro pra chuchu, a banda não jogou muitas coisas para nós, a não ser um dos arrumadores, que simpatizou com o povo e deu umas palhetas pro povo, olhou pra mim e me deu um pedaço de papel, que o vocal se enxugou, ainda não sei se vou guardar, mas por enquanto mantenho o papel em minha gaveta, o que diabos posso fazer com isso? Depois veio outra banda, que eu nunca tinha escutado uma música só: Thievery Corporation, achei interessante, mas todos odiaram pelo fato de ter tanta tranquinagem e aparelhagem que demorou uma hora pra começar, o lançe da banda ficar trocando de vocais(duas dos vocais eram mulheres, maduras e gostosas, por sinal) foi algo que eu gostei bastante, os ritmos dela variaram, odiaram tanto a banda, que um cara ao meu lado, muito burro, mas que me deu uma idéia intêligente disse:"olhe lá, a banda foi tão ruim que nínguem quis o set list dela". Na hora mandei o segurança pegar para mim. E depois de algum tempo, começaram as preparações para os YYY, eu já não me aguentava em pé, e com vontade de mijar, mas quando eles entraram meu amigo, as dores e as vontades foram esquecidas, e substítuidas por pulos e gritos de histeria, me senti uma fãnzinha desvairada.
Começaram com Turn into, uma de minhas músicas favoritas, a guitarra sempre substituiu o baixo perfeitamente, eu nunca imaginaria que eles tocariam Art Star ao vivo, mas eles sempre tocam e eu que era mal fã, acabou o show, e fiz o mesmo esquema do Set List e eu nem fodendo que ia esperar pelo Daft Punk, com a bexiga estourando peguei uma fila de mais meia hora para o banheiro, mal conseguia andar das pernas. Vi Daft Punk lá da puta que o pariu com meus amigos que reencontrei depois da baderna toda, um show a parte, simplismente por Daft Punk ser Daft Punk, do mesmo jeito que Tv on the Radio É Tv on the Radio e Yeah Yeah Yeahs é Yeah yeah yeahs, e nada mais é igual, assisti metade do show e fui do lado de fora da arena, aonde tinha uma telona grande e uma mulher da cultura entrevistando, é óbvio que ela não me entrevistou, pois estava parecendo um mendingo, e ela pegou os mais engomadinhos possíveis. Como sou um homem invejoso, e ainda estava muito zuado da cabeça, fiquei rodeando, passando atrás e fazendo caretas, depois quando estava indo embora tinha uma mulher de uma emissora que não lembro entrevistando também, e chamou meus amigos, eles não ouviram e eu fui de bicão O resultado foi catástrófico: eu estava quase sem voz e quase morrendo, mal conseguia falar e ela me mandou cantar art star, que saiu uma merda total, eu ainda estou rezando para que esta mini entrevista não caia na internet, senão sera motivo de chacota.
Quando tudo estava acabado, era umas 3 da matina, e dormi de novo na casa de meu amigo, acordei no dia seguinte, com a melhor noticia do dia: Um bom almoço... comida de verdade! Não comia comida boa e de verdade desde sexta feira, sem dúvidas um dos melhores momentos de minha vida.
Não é atoa que a partir de um festival pode criar várias bandas, invadir a mente de uma pessoa e zuar com tudo dentro.
Noventa reais foi pouco.

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