Wednesday, December 13, 2006

Voltando a tendencia original do site.(Ao menos, um pouco).

Avisto bravo, isso pode ter Spoil ou qualquer porra sobre o filme, mas é uma matéria boa, que só vai te fazer sentir mais vontade de assistir ao filme, então se eu fosse você, botava a minha conta em risco.


Vida de nerd solitário é assim mesmo, ir ao cinema no dia mais barato, o mais longe possível de casa, sem namorada, sem nada, para assistir ao filme, e no meio dele ainda fazer anotações as cegas sobre o filme.
Quase perco a sessão, é a última de O Labirinto de Fauno que eu poderia assistir, e o filme sai de cartaz sexta, então se eu perdesse, já era.
Engraçado é que a sala ainda estava meio cheia, uma espécie de surpresa para mim.
O primeiro trailer é de 007, até que curti a idéia do filme, mas esse lance de renovar o personagem não vira, as cenas de ação pelo jeito estão ótimas, mas a cantada que a mulher passa no Daniel Craig(meu deus, esse cara é feio) não cola, é algo do tipo; “eu vim aqui para cumprir o meu trabalho, não para olhar sua bela bunda”. Depois tem “O amor não tira férias”, uma comédia, e é a primeira vez que vejo o Jack Black se dar bem com alguma mulher. Depois vem Eragon, nem prestei atenção, mais uma adaptação de livro, o fato de ser dublado tira todos os créditos do filme.
Aí começa o filme, O Labirinto de Fauno mesmo, ele se passa na Espanha, em 1944, e como tudo, começa com um suspiro.
O lance da vez se passa no fim da guerra civil, mas ainda há alguns rebeldes, que são caçados pelo exercito.
No meio de tudo isso, Ofélia é uma filha bastarda de um alfaiate morto, sua mãe se casou de novo, com um capitão do exercito, que faz a mulher viajar até seu posto de comando no final da gravidez, porque segundo ele um filho deve nascer onde está seu pai.
Chegando lá, a menina que gostava muito de historias de fantasia e contos de fadas, conhece uma de verdade, e a segue até encontrar um fauno, dentro de um antigo labirinto que fica nas antigas instalações.
E o filme é forte, puta que o pariu, tem algumas cenas fortes de verdade. Demais, como quando o cara afunda a cara do outro com uma garrafa, ou tem sua boca cortada por uma faca. No melhor Del Toro Way. Robert Rodriguez Way, ou Tarantino Way. Você escolhe qual.
No início eu pensei que Guillhermino Del Toro iria usar o fim da guerra civil como segundo plano para seu conto, mas ele fez o contrário, e acabou utilizando o conto como segundo plano e nós temos um belo destaque nos rebeldes contra os soldados.
A figura do capitão merece entrar para um Hall de vilões, o cara é mesmo cruel, um filho da puta mesmo, do tipo que você mataria.
Tem uma cena que eles capturam um único sobrevivente de um ataque dos rebeldes, e o cara é gago, o capitão em toda a sua sagacidade, todo seu sarcasmo e seu lado mal, lança uma perola para o gaguinho: “Se você contar até três, você pode sair daqui livre meu filho, vamos lá. Só até três”.
E antes de morrer no final, tem uma das melhores cenas do filme, o capitão também era filho de um militar, que segundo a guerra quebrou o relógio na hora que morreu e o relógio foi dado ao filho, para saber que hora o pai morreu. O capitão cercado pelos rebeldes, com o filho na mão, começa a falar:
“-Quero que digam a ele que eu esmaguei esse relógio antes de minha mor...
-Não. Seu filho não vai saber nem seu nome.”

Tiro na cara do Capitão, o olho do lado do tiro começa a ficar velho, ele morre.

O filme é repleto de cenas fortes, é quase um filme totalmente de guerra, e a menina e sua lenda, dão a pitada essencial para ele. Não vou falar da lenda e tudo mais, porque é mais sobre isso que falam os sites em geral.
O filme poderia muito bem ser vendido pela violência, igual fazem os Jogos Mortais, Albergue e podreiras do tipo. Mas o caminho seguido é totalmente diferente, ainda bem.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

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10:50 AM  

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